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Vida De Jorge Amado
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Jorge Amado, jornalista, romancista e memorialista, nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, Itabuna, BA. Eleito em 6 de abril de 1961 para a Cadeira n. 23, na sucessão de Otávio Mangabeira, foi recebido em 17 de julho de 1961 pelo acadêmico R. Magalhães Júnior.
Filho do Cel. João Amado de Faria e de D. Eulália Leal Amado. Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância e aprendeu as primeiras letras. Cursou o secundário no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador Fez os estudos universitários no Rio de Janeiro, na Faculdade de Direito, pela qual é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1935), não tendo, no entanto, jamais exercido a advocacia.
Aos 14 anos, na Bahia, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes, grupo de jovens que, juntamente com os do "Arco & Flecha" e do "Samba", desempenhou importante papel na renovação das letras baianas.
A Ariel Editora, do Rio, em 1933, publica "Cacau", com tiragem de dois mil exemplares e capa e ilustrações de Santa Rosa. O livro esgota-se em um mês; a segunda edição sai com três mil exemplares. Entre a primeira e a segunda edição de Cacau, Jorge tem acesso, através de José Américo de Almeida, aos originais de "Caetés", romance de Graciliano Ramos. Empolgado com o talento do escritor alagoano, viaja para Maceió só para conhecê-lo, iniciando uma amizade que duraria até a morte de Graciliano. Torna-se redator¬chefe da revista "Rio Magazine".
Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo, tendo participado da
Assembléia Constituinte de 1946 (pelo Partido Comunista Brasileiro) e da primeira Câmara Federal após o Estado Novo, sendo responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. Viajou pelo mundo todo. Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941-42), em Paris (1948-50) e em Praga (1951-52).
Foi casado com Zélia Gattai — autora de Anarquistas, graças a Deus (1979) entre outros. Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais de seus livros. Recebeu no estrangeiro vários prêmios entre eles o Prêmio Camões (1995).
No dia 21 de junho de 2001, Jorge Amado é internado com uma crise de hiperglicemia e tem uma fibrilação cardíaca. Após alguns dias, retorna à sua casa, porém, em 06 de agosto volta a se sentir mal e falece na cidade de Salvador às 19,30 horas. A seu pedido, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram espalhadas em torno de uma mangueira em sua residência no Rio Vermelho.
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